A Grécia, tal como a maioria dos destinos Europeus, não estava na minha lista de prioridades. Com tantas voltas que o Covid trocou, o plano inicial de ir à Geórgia teve de ser cancelado e vimo-nos obrigados a optar por um país com menos casos. A Grécia ganhou por conseguir reunir história, caminhadas e praias numa área relativamente pequena.
Este roteiro de dez dias foi feito por nós em oito. É possível fazer em oito dias (cortando algum tempo nas ilhas), mas só se for feito em jeito “sempre a andar”. Todos os dias acordávamos antes das oito e só chegávamos a casa às dez/onze da noite. Vida difícil, eu sei.
Aqui vai:
Atenas – 1 dia
Parece pouco tempo para uma das mais famosas capitais europeias, mas Atenas tem tudo o que é bom concentrado numa zona que se faz perfeitamente a pé.
O Partenon, a Free Walking Tour e os bairros mais característico são tudo coisas que não vais querer perder. Podes ler todas as minhas dicas sobre Atenas neste post.
Mosteiro Hosios Loukas e Meteora – 2 dias
Ver os mosteiros flutuantes de Meteora era a minha prioridade nesta viagem. São definitivamente uma das paisagens mais distintas que o nosso velho continente tem para oferecer. No caminho entre Atenas e Meteora ficámos ainda a conhece um mosteiro extra: o mosteiro Hosios Loukas
É preciso fazer um pequeno desvio, mas se tiveres umas duas horas extra, recomendo.
Descobre o melhor de Meteora, incluindo uma caminhada épica, neste post.
Dica: os mosteiros de Meteora fazem-se relativamente rápido. Se tivesse que refazer esta viagem, teria planeado sair de Meteora a meio do terceiro dia e dormir em Ioanina para tornar o dia de viagem seguinte mais curto e ficar mais tempo em Lefkada.
Ioanina e Lefkada – 2 dias
Ioanina foi uma paragem de conveniência, mas foi uma oportunidade para descobrir mais uma maravilha geológica, desta vez debaixo de terra. Durante a Segunda Guerra Mundial, enquanto procuravam abrigo, foi por acaso que os habitantes daquela região descobriram quilómetros e quilómetros de grutas debaixo dos seus pés. Hoje, as grutas de Ioanina são consideradas as mais impressionantes da Grécia e visitá-las dá uma hora bem passada.
Lefkada é uma ilha cheia de praias idílicas onde uma pessoa se sente verdadeiramente de férias! Lê mais sobre as melhores praias da ilha neste post.
Kefalonia – 3 dias
Kefalonia é uma ilha que tem tudo. Nós só conseguimos passar lá dois dias, mas como tem tanto para ver sugiro três ou quatro!
O porquê de Kefalonia ter sido a minha ilha preferida das ilhas Iónicas está neste post.
Zakynthos – 2 dias
Por fim, Zakynthos, a ilha que se tornou viral pela sua praia com um barco naufragado. Esta ilha é a mais turística e popular “ali da zona”. Para nós um dia bastou, dois dias são uma boa ideia se não quiseres andar sempre a correr. Lê mais sobre Zakynthos, aqui.
Uma sugestão final: Acabei a minha viagem à Grécia na ilha de Skiathos e adorei! É uma ilha que muitos casais escolhem como destino de férias, mas eu fui sozinha e foi a cereja no topo do bolo. Podes ler mais sobre Skiathos neste post.
Coríntia Antiga – Meio dia
No regresso de Zakynthos para Atenas decidimos parar em Coríntia e adorámos. O museu de Coríntia apresenta muito bem a história da região (que nunca mais acaba) e ainda vimos o canal de Coríntia, uma obra-prima da engenharia moderna.
Dicas e informações úteis para viajar na Grécia
Estradas: As estradas na Grécia não são más. À boa moda de país do sul da Europa, tem muitas autoestradas. Algumas são pagas e funcionam como em Portugal. É só parar e pagar na portagem.
Já os Gregos não são os melhores condutores do mundo… Contudo, Atenas é o lugar mais confuso e fora da capital foi sempre fácil de conduzir, sendo que é só deixar os Gregos passar! Limites de velocidade parecem ser só para enfeitar.
Alugar carro: Optámos pelo carro mais barato no aluguer do Booking. Calhou-nos um Kia Picanto que coitadinho, era uma coisita assim pequena que não tem muita força, mas deu. O tanque do carro não leva muita gasolina por isso tem cuidado para não teres autonomia para apenas 4 km no meio da auto estrada…
Custo do aluguer e companhia: Drive S.A – 372€ com seguro completo (8 dias), a partir do Aeroporto de Atenas.
Comida: Para além das pessoas o melhor da Grécia é a comida. Não esperava nada comer tão bem em todo o lado. Há uma grande variedade de alimentos e até os vegetarianos se conseguirão safar na Grécia. Muito peixe, beringelas, queijo feta, tomates e pepinos!
Supermercados: Achei os supermercados estranhamente caros quando comparados com os restaurantes. Não sei se foi de andarmos por sítios turísticos, mas quase não nos compensava cozinhar em casa.
Marcação de Ferry: Existem várias empresas de ferries que ligam as várias ilhas gregas e não há propriamente um sistema centralizado que te deixe comprar bilhetes para todas. O mais parecido que encontrei foi a plataforma Ferry Hopper. Se não encontrares o teu ferry aqui não quer dizer que não exista, mas vais ter que pesquisar no Google e reservar pelo site da empresa.