Grécia

Kefalonia: paraísos entre as rochas

Que fique aqui imortalizado que, a nível paisagístico, Kefalonia é a ilha grega mais bonita! De todas as seis que já visitei, claro. Depois de um dia bem preenchido em Lefkada, apanhámos o ferry até à ilha seguinte. Kefalonia deu-nos banhos inesquecíveis, vistas deslumbrantes e experiências gastronómicas que continuaram a deleitar as nossas papilas gustativas.

Se Lefkada merecia pelo menos dois dias inteiros dedicados à exploração da ilha, Kefalonia merece três ou quatro. A ilha é bem maior do que parece e nem todas as estradas de acesso às praias são fáceis, tornando as deslocações mais longas do que o esperado. Resumidamente, os nossos dois dias em Kefalonia passaram-se assim:


As “piscinas” coloridas do Norte

O norte de Kefalonia está cheio de praias que quase parecem piscinas. As baías naturais que se formam naquela região e os pinheiros fartos que adornam a costa fazem destas praias pequenos refúgios desertos. Nós visitámos as praias bem cedo, logo depois de desembarcarmos do ferry em Fiskardo, e éramos quase os únicos.

A Praia Kimilia e a Praia Emplisi foram perfeitas para um mergulho rápido antes de nos fazermos à estrada para ver o resto da ilha! O acesso à Praia Kimilia é feito a pé por um caminho de terra. Podes deixar o carro num lugar chamado “Kimilia Beach Parking” no Google Maps.

A estrada panorâmica entre Asos e a praia Myrtos

O segundo ponto na ordem do dia era fazer a estrada que vai até à Praia de Myrtos, a mais famosa de Kefalonia. Foi essa estrada panorâmica, de Asos até Myrtos, que me fez apaixonar por Kefalonia logo no primeiro dia. Vale a pena conduzir devagar e parar nos vários miradouros espalhados pelo caminho para “ver as vistas”.

Quando o sol está alto as cores da Praia de Myrtos são incríveis e tanto o miradouro do lado direito e esquerdo são paragens obrigatórias. Mas ainda não estava na hora de descer até à areia! Isso ficou para o pôr-do-sol épico quando a praia já está vazia e a água dourada.

Praia, atrás de praia, atrás de praia

Eu sei que até agora só falei de praias, mas vêm aí mais. Muitas mais! Na península de Kefalonia o que não faltam são praias escondidas no meio das rochas onde os turistas ainda não chegaram. A Vouti Beach é de fácil acesso e tem um bar muito simpático mesmo em cima do mar. Não muito longe está a Praia Fteri que só é acessível com uma caminhada de trinta minutos ou de barco. Não tivemos tempo para essa, mas parece ser linda.

Um pouco mais à frente, ainda na península, descobrimos a Agia Eleni. Como seria de esperar, tem tons de azul magníficos, mas fica sem sol muito cedo. Mesmo ao lado está a Praia Petani, uma praia grande com chapéus de sol e infraestruturas para banhistas. 

Termino com mais duas praias, uma mais fácil que a outra. No lado este da ilha encontras a Praia Kako Lagadi que está cheia de truques para lá chegar! Vale a pena ver por ser uma obra prima da natureza, mas é demasiado pequenina para se ficar mais do que uma hora.

A entrada faz-se pela estrada principal (onde se deixa o carro) por um caminho que começa num cartaz que diz “dolphin ski club”. A descida é íngreme e menos perigosa do que parece. São precisos ténis ou botas de caminhada para descer as rochas que dão acesso à mini-praia. O caminho tem que ser feito do lado onde estas fotografias foram tiradas. O lado contrário só tem vista para a praia, não tem acesso. As reviews do Google ajudam a chegar lá!

Por fim, falemos da praia onde nos deixámos ficar mais tempo: a Praia Pessada. Já no lado sul da ilha fica esta praia que é bem mais confortável do que parece! Descendo umas escadas (a cor da água era tão intensa que até parecia falsa) chega-se à areia. Contudo, não te fiques por aí! Do lado direito, depois de um ou dois minutos de caminhada, estão rochas lisas a gritar “estende aqui a toalha e vai nadar!”. Foi um recorde de banhos inigualável.

O melhor da comida grega

Como se não fosse suficiente termos visto tudo isto ainda comemos muito e bem!  A primeira recomendação vai para o Kastro Cafe, que tem uma data de tapas gregas fantásticas a preços simpáticos e um atendimento muito castiço. Leva dinheiro para o caso do multibanco não funcionar! Nós tivemos sorte e apanhámos a última mesa, por isso se queres garantir mesa ao almoço convém ir cedo.

A outra sugestão é a Taverna Pergola na aldeola de Agia Effimia onde ficámos hospedados. Comida grega típica feita com muito amor e carinho.

Penso que ficou claro que Kefalonia é uma ilha que TEM que ser visitada e que, das três ilhas Iónicas (Lefkada, Kefalonia e Zakynthos) da viagem, foi a minha preferida!
 

Dicas rápidas

Alojamento: Kefalonia foi o lugar de toda a Grécia onde tivemos mais dificuldade em encontrar alojamento. Os preços não são os mais acessíveis e a qualidade ficou um bocadinho aquém daquilo a que estávamos habituados. Assim sendo, acabámos por ficar num apartamento que encontrámos no Booking chamado Vrettos Arts que parece (e era) a casa de uma avó. A localização era boa e para quem só usa o apartamento para dormir chega bem.

Transporte: Neste post podes encontrar como fazer a travessia entre Lefkada e Kefalonia. Entre Kefalonia e Zakynthos há ferries que saem do porto de Pessada até ao porto Agios Nikolaos (Zakynthos). Os bilhetes podem ser marcados através de agências turísticas em ambas as ilhas e os preços e horários podem ser consultados neste site. Não te esqueças de levantar os bilhetes na agência onde os marcaste.

Ainos Oros & Melissani Cave: Ainos Oros é o ponto mais alto de Kefalonia e parece um lugar espectacular para caminhadas e ver o pôr do sol. A Melissani Cave visita-se com uma pequena viagem de barco e tem umas cores impressionantes, mas o custo e a possibilidade de multidões deixou-nos sem muita vontade de visitar. 

Alfacinha germinada e cultivada num cantinho à beira mar plantado, a Inês tem uma certa inquietação que não a deixa ficar muito tempo tempo no mesmo sítio. Fez Erasmus em Paris, trabalhou em Istambul e em Portugal, fez um mestrado em Creative Advertising em Milão e agora trabalha no Reino Unido. Viajar, criatividade, cozinhar, dançar e ler são algumas das suas paixões. A combinação de algumas delas deu origem a este blog, o Mudanças Constantes. Bem-vindos!

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