Uma obsessão por viagens não surge de um dia para o outro.
Nesta página viajo no tempo, nas aventuras e nas pessoas que me deram o bichinho da curiosidade e inquietação.
Inês, alfacinha de gema, colheita de 93.
Cresci a ouvir histórias de safaris em África e roadtrips de tenda às costas por essa Europa fora. Rodeada de pessoas que vivem cada dia à procura de terem mais conhecimento que no dia anterior, era impossível que, mais tarde ou mais cedo, a minha curiosidade pelo desconhecido não despertasse.
A vida em viagem é feita de “primeiras vezes”. Sítios que nunca visitámos, pessoas que nunca conhecemos, línguas que nunca ouvimos e sabores que nunca provámos. É um ataque aos nossos sentidos, a tudo o que nos é familiar.
Cada viagem ensina-nos algo desde que tenhamos abertura e humildade para nos desfazermos dos nossos preconceitos. O meu processo de desconstrução começou cedo, com uma viagem a Paris. Reza a lenda que para uma criança de seis anos, palmilhei a cidade a pé sem me queixar. Os meus pais ainda não sabiam a força da semente que estavam a plantar.
Foi aos dezasseis anos que embarquei naquela que pode ser considerada a minha primeira aventura. De mochila às costas, com mais cinco amigos do secundário, partimos de Santa Apolónia em direcção a Viana do Castelo: tinha começado o nosso IntraRail. A partir daí nunca mais parei!
Seguiu-se um InterRail, voluntariado em Antália e Erasmus em Paris. Vivi e trabalhei em Istambul durante um ano até que decidi voltar para Portugal para conseguir juntar dinheiro suficiente (enquanto vivia em casa dos meus pais, claro) para fazer a primeira “viagem da minha vida”.
Ano e meio depois estava metida num avião para a Tailândia sem bilhete de volta. Seriam seis meses a explorar o outro lado do mundo. Deixei de ser a pessoa que planeia roteiros com meses de antecedência, que marca todos os alojamentos e museus a visitar. Apercebi-me que os lugares que vimos estão longe de ser tão importantes como as pessoas que conhecemos e isso transformou radicalmente as minhas prioridades enquanto viajante.
Com um já extenso repertório de viagens, estava na altura de me dedicar à minha carreira. Aos 24 completei um mestrado em Creative Advertising em Milão e mudei-me para Inglaterra, onde ainda vivo e trabalho.
Nos últimos anos (pré-pandemia) tenho optado por visitar países que oferecem experiências culturais incríveis, para além do seu património histórico e/ou paisagístico riquíssimo. Irão, Líbano, Cazaquistão, Quirguistão e Uzbequistão são alguns exemplos.
Ao longo dos anos tenho desenvolvido uma paixão pouco saudável pelo Médio Oriente e esta região vai continuar a ser uma das minhas prioridades num futuro próximo. Afinal, geograficamente está aqui mesmo ao lado (o que dá jeito para quem tem dias de férias limitados) e tem tanto, mas tanto (!) para oferecer.
Há poucas perguntas piores para me fazerem do que “qual é o teu país preferido?”. É simplesmente impossível comparar países e escolher um! Por isso, prefiro sempre partilhar algumas das experiências que mais me marcaram em viagem. Estas são algumas das muitas que me fazem sorrir e que me põem imediatamente a pensar em qual será a próxima.
Em 2021, reuni tudo o que aprendi e algumas das melhores experiências que vivi em viagem num eBook com mais de 60 páginas. Basta assinares a newsletter do Mudanças com o teu email, para o receberes na tua caixa de correio gratuitamente! Até já!
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