the docks - liverpool
Inglaterra,  Reino Unido

Um dia de aniversário em Liverpool

Este foi o terceiro aniversário que passei fora de Portugal. O primeiro foi em Paris, enquanto fazia Erasmus, o segundo em Nova Iorque, naquela que foi uma das noites mais memoráveis da minha vida e o terceiro, este, em Liverpool. Eu sei que o standard de chique já foi mais alto, mas é a vida!

O pré aniversário

Mal chegámos, deixámos a tralha no nosso Airbnb que era num bairro que toda a gente descrevia como “duvidoso” (claramente nunca foram à linha de Sintra…) e fomos para uma House Party onde o Jimmy tinha uns amigos.

Ora, uma festa com miúdos da faculdade só ajudou a acentuar que os 25 já se estavam a tornar bem reais, uma vez que só me apetecia verificar a idade daquelas crianças e dizer-lhes para pararem de beber e de se drogarem! Não durei muito e à meia-noite já estávamos na caminha!

O aniversário

Tínhamos essencialmente um dia inteiro par ver tudo o que Liverpool tinha para oferecer. Iniciámos o dia com um pequeno-almoço digno de um dia de anos. Fomos a um lugar chamado Bill’s Liverpool Restaurant e era delicioso. Um pouco caro, mas perfeito para aquele conceito de brunch com ovos, abacate e uma data de coisas saudáveis ou, para os mais esfomeados, o típico pequeno-almoço inglês mas mais requintado.

Daí partimos para o “The Docks” onde decorria o Pirate Fest com centenas de crianças vestidas de pirata. O meu paraíso portanto… E como namoro com um professor de história acabei no Museu da Escravatura e Museu do Mar. Ao menos era grátis! O museu tem três pisos, um sobre a escravatura, outro sobre o Titanic e outros navios importantes e um último sobre os negros na América.

Como ainda não estávamos deprimidos o suficiente passámos pela The Piermaster’s House que retrata uma típica casa inglesa em 1940, durante a guerra.

Esta é a zona da cidade onde podes encontrar uma grande mistura de correntes arquitectónicas e ver alguns dos edifícios mais simbólicos da cidade. Entre eles o Royal Liver Building com dois passarocos no topo, um em cada torre e o Open Eye Gallery.

Entretanto começámos a dirigir-nos à Liverpool Cathedral, passando pela James Street, Lord Street e Bold Street, provavelmente as ruas mais animadas da cidade, tanto de dia como de noite. Mesmo no fim da Bold Street está a St.Luke’s Bombed Out Church que, como o nome indica, é uma igreja que foi bombardeada durante a segunda guerra mundial e por causa disso não tem tecto.


E finalmente chegámos à monstruosa Catedral de Liverpool. Honestamente, nunca vi nada assim. Construída já no século XX é simplesmente monumental. Não no bom sentido. Felizmente, lá dentro tem um bocadinho mais de encanto e até lembra o Salão Nobre dos livros do Harry Potter.

O topo da igreja dá-te uma vista panorâmica sobre a cidade. Pode não ser a cidade mais sexy do mundo, mas gosto sempre de um ponto de vista diferente.

Como as nossas barrigas apregoavam que “já se comia qualquer coisa outra vez”, dirigimo-nos ao Baltic Market, a versão do Mercado da Ribeira em Liverpool. Claro que é demasiado hipster para os preços serem bons, mas é um espaço giro e também tem um mercado de coisas em segunda mão. Ainda nesta zona está a Jamaica Street, uma rua cheia de arte urbana e o spot para tirares uma foto qual anjo da Victoria Secret!

E quem faz 25 anos tem direito a uma power nap e foi isso mesmo que fui fazer, para repor as energias para ver Liverpool nocturna.

A noite consistiu num jantar mais olhos que barriga num restaurante libanês na Bold Street. Nesta rua há comida de todo o mundo por isso é uma escolha segura independentemente dos teus gostos.

E depois partimos para um pequeno Pub Crawl. Deixo-te com a sugestão de três bares/pubs diferentes: Red Door, Botanical Garden (cocktails super doces, aconselho cerveja!) e Peaky Blinders Bar. São todos muito diferentes entre si, o primeiro com um estilo mais tradicional, o segundo com um espaço muito giro e boa música (comercial) e o terceiro, baseado na série Peaky Blinders e com música ao vivo aos sábados à noite.

Pós aniversário

Sem ressaca e com fome, fomos à procura do pequeno-almoço mais barato da cidade e não é que encontrámos? Um pequeno restaurante turco, chamado Quick Chef Turkish BBQ Cafe, que infelizmente não tinha um pequeno-almoço turco, mas era tão barato que ficámos fãs. Se soubéssemos tinha sido almoço e jantar no dia anterior também.

O último destino da viagem foi a Penny Lane, a lendária rua que foi a inspiração de uma canção dos Beatles.

Ufa, este foi daqueles posts que nunca mais conseguia acabar de escrever! Peço desculpa aos fãs dos Beatles por não ter muito mais informações sobre eles, mas a verdade é que não tínhamos um grande interesse em gastar dinheiro no museu e como estava “sol” preferimos andar a passear.

Liverpool pode não parecer incrivelmente bonita nas fotos, mas é uma cidade bem interessante e com uma vibe muito jovem e animada. Espero que gostem!

PS: tivemos a experiência de Airbnb mais estranha de sempre. Fomos recebidos por uma rapariga italiana que prontamente nos despachou em 5 minutos e desde esse momento nunca vimos mais ninguém na casa. Além disso havia um micro cão mega energético aos pulos que só queria atenção mas coitadinho, ficava em casa o dia todo sozinho. Enfim!

Dicas rápidas

Estacionamento barato: Quem conhece cidades inglesas sabe que o estacionamento é um martírio, normalmente com preços que rondam 2 pounds por hora. Ora, nós encontrámos um parque a 3 pounds por dia na Blundell Street, perto do Supper Club at Blundell Street

Alfacinha germinada e cultivada num cantinho à beira mar plantado, a Inês tem uma certa inquietação que não a deixa ficar muito tempo tempo no mesmo sítio. Fez Erasmus em Paris, trabalhou em Istambul e em Portugal, fez um mestrado em Creative Advertising em Milão e agora trabalha no Reino Unido. Viajar, criatividade, cozinhar, dançar e ler são algumas das suas paixões. A combinação de algumas delas deu origem a este blog, o Mudanças Constantes. Bem-vindos!

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