Estas duas pequenas cidades no deserto não podiam ser mais diferentes uma da outra. Tivemos pouco mais do que algumas horas em cada, mas foram ambas surpreendentemente interessantes, principalmente de um ponto de vista cultural.
Passámos por Kerman a voar!
Em Kerman ficámos no maravilhoso Narenj Hostel. Os donos eram simpatiquíssimos e recomendaram-nos um restaurante que tinha um ar todo fino e onde pagamos 3 euros para os dois! Inicialmente era suposto abalarmos de Kerman logo às 6 da manhã, mas houve umas trocas nos autocarros e ainda bem. Assim, tivemos tempo para visitar o centro histórico.
Passeámos pelas ruas desertas do bazar, afinal de contas era feriado nacional e o dia em que todos iranianos devem “ir para a natureza”. Tivemos a sorte de encontrar a Ganjali Khan Bathhouse aberta, o local mais famoso de Kerman.
Desenferrujar o meu turco com os nómadas Qashqai
Por fim, conseguimos apanhar o nosso autocarro e chegar a Yazd. Bem, mais ou menos. O autocarro deixou-nos numa rotunda e fomos andando até que encontrámos uma bomba de gasolina e por gestos e sons o moço que lá trabalhava percebeu que queríamos um táxi e chamou-nos um. Mais um iraniano fofinho!
Quando chegámos ao nosso “hostel” fiquei logo apaixonada. Estava todo decorado com carpetes e artesanato dos Qashqai, uma tribo nómada que está centralizada no Irão, mas para além de Farsi fala Turco também. E assim que lhes disse que sabia falar um bocadinho de turco, não queriam outra coisa!
Yazd tem um centro histórico bastante pequeno, mas é digno de uma visita. Para além do famosíssimo Amir Chakmaq Complex e da Jame Mosque (que pode ser visitada gratuitamente à noite), o lado mais fascinante de Yazd são as suas ruas e ruelas labirínticas que parecem feitas de barro, conferindo-lhe uma atmosfera única.
Inesperadamente foi em Yazd que encontrámos mais turistas, talvez por só haver uma rua principal e estarem lá todos concentrados. Nessa mesma rua fui abordada, do nada, por uma família com uns 10 membros (desde crianças a avôs) que me convidaram para ir almoçar em casa deles quando estivesse por Kashan!
A noite que passámos no hostel dos Qashqai foi uma noite mesmo muito cultural! Para além de nos mostrarem as músicas deles também no ensinaram a dançar e conseguiram convencer-me a vestir as roupas tradicionais das mulheres da tribo. Parecia a princesa do Frozen versão nómada!
Foi uma das noites mais divertidas e memoráveis da viagem onde falámos todas as santas línguas possíveis e imagináveis e acabámos a jantar uma massa que eles fizeram para todos.
Teşekkür Ederim!
Dica: Yazd tem mais para ver do que o seu centro. Existem várias vilas à volta, as torres do silêncio e até a torre dos pombos em Meybod. Para visitar estes locais o melhor é fazê-lo de táxi ou através de uma agência. Podes encontrar várias na rua da Jame Mosque.
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