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City Breaks,  Portugal

Uma voltinha no Porto num mês de viagens inesperadas

Março tem sido um mês caótico no que toca a viagens. Cada fim-de-semana é passado num país diferente. Começou com uns dias na Alemanha, depois uma visita flash a Portugal e agora estou num comboio onde me dirijo a alta velocidade para o sul de Itália.

Todas estas viagens foram marcadas um pouco à pressa, sem grandes planos, e o mesmo aconteceu com a minha visita ao Porto. Tudo se deu porque um dos membros de um dos meus grupos de amigos arranjou uma namorada na terra mais longe possível, tipo Valença, e nós para a irmos conhecer tivemos que ir ao Porto! Não que este “tivemos” seja algo muito chato, estou sempre pronta para mais uma voltinha.

E lá partimos numa sexta-feira assombrada pela tempestade Giselle. Depois de três horas de músicas manhosas no carro chegámos a um Porto bem molhadinho. Decidimos começar por afogar o frio que sentíamos no molho de Francesinha do Conga, restaurante famoso pelas suas bifanas. E foram lá comer Francesinha?!!!! Ora, combina-se os dois e dá Francesinha de Bifana, o melhor tipo de Francesinha que alguma vez provei. Peço muita desculpa aos puritanos deste prato que devem achar isto uma heresia, mas é verdade!

O dia seguinte foi dia de explorar. A Giselle lá nos deixou em paz e juntámo-nos aos milhares de turistas que invadem, hoje em dia, o Porto. Passámos pelos Aliados, subimos até à Estação de São Bento, e Claustros – que são pagos, mas têm uns azulejos magníficos – Ponte D. Luís I (por baixo) e Gaia.

Sabíamos que queríamos visitar umas caves de vinho do Porto, mas achámos por bem fazê-lo só depois do almoço. Entre tantos restaurantes caríssimos a preços mais de Lisboa do que do Porto, lá descobrimos, num cantinho, um tasco chamado “Tá-se Bem” com sopa e prato – uma travessa, vá – por 6.5€. Era isto mesmo!

Depois de uma barrigada de comida pensámos que já estaríamos aptos para emborcar dois copos de vinho do Porto. Estávamos quase certos. Escolhemos as caves um pouco ao acaso, acabámos por ir à Taylor’s que é a mais no topo, mas também a que tem uma vista melhor.

A visita e degustação custam 12€. Incluído está um áudio-guia extremamente completo (às vezes até de mais) e um copinho de Vinho do Porto branco e um tinto. Mal entrámos na cave o cheiro transportou-me imediatamente para a altura das vindimas no Minho onde ia todos os anos com os meus avós. E fiquei com imensa vontade de visitar as quintas do Douro.

E para acabar em grande decidimos ir trabalhar os glúteos subindo até ao Mosteiro da Serra do Pilar que tem, para mim, a melhor vista sobre o Porto.

Esta noite foi a minha oportunidade de brilhar com uma bela Pasta al Forno (afinal uma pessoa não vive em Itália sem aprender umas coisas) e depois de muitas rodadas de Picolo fomos sair para o Plano B, uma das melhores discotecas a que fui nos últimos tempos até ficar tão cheia que já não dava mais para uma pessoa da minha idade :p

No Domingo já só deu mesmo para irmos curar a ressaca com outra Francesinha no Conga e arrochar no carro duas horas seguidas sem dar pelas fotos incríveis que os meus amigos iam tirando comigo a dormir. Mas para ser justa, quem é que mete uma TEDTalk para ouvirmos no carro??

E Joana, a tal namorada, bem-vinda à nossa disfuncional família!

Alfacinha germinada e cultivada num cantinho à beira mar plantado, a Inês tem uma certa inquietação que não a deixa ficar muito tempo tempo no mesmo sítio. Fez Erasmus em Paris, trabalhou em Istambul e em Portugal, fez um mestrado em Creative Advertising em Milão e agora trabalha no Reino Unido. Viajar, criatividade, cozinhar, dançar e ler são algumas das suas paixões. A combinação de algumas delas deu origem a este blog, o Mudanças Constantes. Bem-vindos!

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