costa amalfitana
Itália

Mama, pizza, trufas e o sul de Itália

Quando estava a terminar o meu período de Erasmus, uma amiga Italiana convidou-me para ir uns dias para casa dela, já que o Natal se aproximava e uma amiga nossa das Honduras também ia. Sendo esta uma oferta irrecusável, marquei nessa mesma noite o meu voo para Nápoles 🙂 Todas juntas, éramos um grupo muito heterogéneo que foi prontamente adoptado por uma típica mama italiana. Quando digo que fomos adoptadas, é porque durante os dias em que lá estive foi como se fosse filha da mama Claudia! E o que é que isso significa? Montes de comida!

Se eu já acho que os portugueses comem muito, os italianos não nos ficam nada atrás. Logo no primeiro almoço, começámos com uma pratada gigante de massa (que eu achava que era o prato principal), mas afinal era só a entrada. Seguiu-se o prato principal, sobremesas e digestivo. Uma coisa que aprendi logo (porque gozaram comigo!) é que comer massa com faca e garfo não se faz. Então quando a minha amiga das Honduras quis comer pão com massa quase que foi crucificada.

Para resumir esta saga gastronómica, basicamente engordamos uns 4 quilos em 4 dias. A vila onde ficámos chama-se Bagnoli Irpino (a 1 hora de Nápoles) e é nacionalmente conhecida por ser a capital das trufas. Normalmente as trufas custam tipo 14 000 euros por quilo… mas ali são praticamente grátis. Por isso, comemos trufas a quase todas as refeições porque tínhamos que aproveitar! Para além disso, o pai dela tinha uma fábrica de queijo. Ya… daí os 4 quilos.

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Bagnoli
Bagnoli

Passando ao que interessa: o sul de Itália é incrível. Nápoles é o caos. O pai da minha amiga apanhou-nos no aeroporto e levou-nos numa pequena tour pelos locais mais famosos de Nápoles. Felizmente, ele está habituado àquela confusão, porque havia carros estacionada em terceira linha, pessoas a andar de marcha atrás no meio da estrada, ultrapassagens loucas… mas a cidade pareceu-me bastante interessante e espero um dia poder lá voltar.

No segundo dia visitámos a costa Amalfitana, que era só a razão que me levou a fazer esta viagem. E não desiludiu. As pequenas vilas construídas nos socalcos das montanhas, as estradas vertiginosas e a água de um azul cristalino, fazem desta região uma das mais bonitas do país. 21 graus em Dezembro, areia dourada e o pôr do sol no mar enquanto nos deliciamos com uma calzone. E ainda há quem se pergunte sobre qual é o sentido da vida! A viagem de autocarro de Salerno até Amalfi é alucinante, mas as vistas (tal como as curvas) são de cortar a respiração.

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A caminho 🙂

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Maiori

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Salerno e as melhores luzes de Natal de sempre!

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A outra grande memória que guardo desta viagem foi a visita a Pompeia. É simplesmente de ficar de queixo caído. A cidade em ruínas parece interminável. É preciso um dia inteiro para ver só uma parte. Mas o estado de conservação é único. Ainda se vêem os desenhos nas casas, os pavimentos em mosaicos e, acima de tudo, as pessoas. Sim, porque quando o vulcão dizimou uma população de 11 000 pessoas, por mais irónico que pareça, também conservou alguns dos corpos num género de porcelana (??). Como? As explicações estão disponíveis no youtube! . Claro que nesse dia a mama Claudia nos preparou o farnel com sandes de presunto italiano e queijo.

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A dita cuja :)

A dita cuja 🙂

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No último dia fomos para Roma, a cidade que me deixa sempre ansiosa por voltar. Aliás, Roma e Itália em geral. Adorava ter ficado uma semana só a explorar as pequenas vilas da Costa Amalfitana, mas isso, fica para a próxima 😉

Alfacinha germinada e cultivada num cantinho à beira mar plantado, a Inês tem uma certa inquietação que não a deixa ficar muito tempo tempo no mesmo sítio. Fez Erasmus em Paris, trabalhou em Istambul e em Portugal, fez um mestrado em Creative Advertising em Milão e agora trabalha no Reino Unido. Viajar, criatividade, cozinhar, dançar e ler são algumas das suas paixões. A combinação de algumas delas deu origem a este blog, o Mudanças Constantes. Bem-vindos!

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