fethiye paraglading
Turquia

De Antália a Izmir e os 1000 quilómetros de mota (2/3)

Kas: Esta foi a primeira vez que a dura realidade das viagens de mota me atingiu. Atingiu-me nas costas e no rabo! De Olympos até Kas são uns 140 KM, que de carro até se faz muito bem, mas de mota são quase 4 horas de sofrimento.

Anyway. Kas: a vila mais perfeita da costa Turca.

Não há nada para não gostar em Kas, só os preços. Ficámos novamente numa tendinha, mas nesta vez era quase uma tenda de luxo. Casa de banho ao lado, pequeno-almoço incluído e um cão bebé que gostava de nos morder os pés (mas era adorável). Dois minutos de mota depois estávamos no centro, a passear entre casas otomanas e restaurantes e cafés dignos do Pinterest. Durante dois dias perdemos a cabeça e fomos comer um bolo e beber um copo de vinho ao Dedikodu, que tem um terraço com vista a marina. É das melhores memórias que tenho de Kas por isso foram uns 7 euros bem gastos!

Kaputas
Kaputas
Snorkeling
Snorkeling
Kas
Kas
Kaputas
Kaputas

Durante o dia dá para visitar as praias de Kas ou ir a Kaputas, a praia mais conhecida. Também existem várias day trips, mas por falta de fundos decidimos andar a torrar de praia em praia. No último dia fizemos uma snorkeling trip para ver peixinhos 🙂

Fethiye

Sei que isto parece cliché, mas guardo para mim um dos dias da estadia em Fethiye como um dos melhores dias da minha curta existência. Por duas razões: andar de parapente e viajar pela estrada mais bonita que já vi. Em Fethiye encontrámos um género de “paraíso fiscal” dos pobres. Jantares a 3 ou 4€, quartos privados com casa de banho a 10€ por noite e bolos na marina a 1€ em vez de 5 como em Kas 😀

A atracção mais conhecida de Fethiye é, sem dúvida, a descida de parapente desde uma montanha de dois mil metros. Nunca tinha pensado em fazer parapente, mas depois de ver as fotografias da vista que se consegue lá de cima, não havia como escapar ao facto de ter de o fazer. E foi incrível.

As pessoas que saltam connosco (e que têm a nossa vidinha nas mãos) fazem cerca de 4 ou 5 saltos por dia, por isso nem nos dão tempo para ter medo. Vestem-nos uns casacos, pões lá aquelas fitas de segurança, dizem algo como “quando eu disser anda, tu andas; quando disser corre, tu corres e quando disser senta-te, tu sentas-te” e é isto. Em menos de um minuto estava a seguir as instruções e quando chegamos ao fim do “precipício” já estávamos a voar. No início foi um bocado assustador porque “lá em cima”, ou seja, a uns 2300 ou 2500 metro há imenso vento e não estava nada à espera disso. Depois habituei-me e enquanto sobrevoar o mar, sentadinha confortavelmente a olhar para uma praia com água turquesa e montanhas à volta… Sentia-me simplesmente feliz.

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Skywalkers. Parapente + Fotos e vídeos = +- 100€

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WATCH OUT, WATCH OUT, WATCH OUT!!!!

O mais perigoso é mesmo a aterragem que é feita numa área pedonal onde as pessoas em vez de se desviarem ficam a olhar tipo parvas para aqueles pombos gigantes que decidem aterrar por ali.

Como se isto não bastasse para ser um dia perfeito, usámos o resto da tarde para ir dar um mergulho e quando o sol já ia baixo, lançamo-nos à estrada para vermos o Vale das Borboletas (a outra grande atracção de Fethiye) de cima – o vale só é acessível por barco. Não estava minimamente à espera que esta estrada fosse tão espectacular… até tartarugas a atravessar a estrada havia!

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Estrada!
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Vale das Borboletas

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Tartarugaaaaa

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O Vale das Borboletas é muito melhor visto de cima, a praia em si é uma desilusão porque é um ponto de paragem para todas as santas viagens de barco na região o que estraga um bocado o lema do “paraíso intocado”.

Dalyan

2015 foi também a segunda vez que fui a Dalyan. Quis regressar porque simplesmente tem praia que considero ser a melhor da Turquia. E passo aos meus argumentos:

– só da para se chegar à praia de barco, o que significa menos gente que o resto das praias. O caminho demora cerca de 20 minutos num pequeno barco que recolhe as pessoas dos hotéis e hostels e faz um caminho serpenteado pelo meio de uma vasta floresta de canas.

– no caminho, para além de se ver as ruinas lycias também se vislumbram tartarugas bem grandes que habitam por ali

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Qual marés vivas qual quê!

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– a praia é tudo o que uma pessoa que está habituada às praias da Portuguesas pode querer: é gigante (pode-se andar a pé durante horas), tem areia, não tem multidões, tem ondas não demasiado grandes e tem água quente (que é o que falta às praias da Portuguesas. Sempre.). Não há nenhuma praia que me dê tanto prazer como esta. Consigo estar horas a fazer carreirinhas na água sem ficar a tremer e no fim ainda posso deitar-me numa toalha no chão em vez de numa cadeira paga porque não vou ficar com as costas todas doridas 😀

 

A viagem interminável continua aqui!

Alfacinha germinada e cultivada num cantinho à beira mar plantado, a Inês tem uma certa inquietação que não a deixa ficar muito tempo tempo no mesmo sítio. Fez Erasmus em Paris, trabalhou em Istambul e em Portugal, fez um mestrado em Creative Advertising em Milão e agora trabalha no Reino Unido. Viajar, criatividade, cozinhar, dançar e ler são algumas das suas paixões. A combinação de algumas delas deu origem a este blog, o Mudanças Constantes. Bem-vindos!

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