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Suíça

Lugano e Ticino: então mas isto é Itália ou Suíça?

Viver em Milão é viver numa das cidades com pior qualidade de ar na Europa. Mas felizmente, mesmo aqui ao lado, estão as montanhas suíças. Ora, num mestrado que me deixa a maioria dos fins-de-semana livres, uma das minhas actividades preferidas é explorar as redondezas.

Desta vez a região escolhida foi Lugano e em dois dias consegui ver não só esta pequena cidade, mas também as maiores atracções da região: Ticino.

Lugano

Os meus primeiros cinco minutos em Lugano foram muito estranhos. Sabia que estava noutro país, as ruas limpas e condutores civilizados confirmavam-no, mas a língua e as pessoas eram iguais às que tinha deixado em Milão uma hora atrás. E Ticino é isso mesmo, uma Itália disfarçada de Suíça.

Fui até ao hotel (não ficava num hotel há uns 10 anos…) encontrei-me com o Adi, o meu amigo Suíço que já tinha aparecido neste post, e fomos em busca de algo para comer no centro da “cidade”. Porquê entre aspas? Porque não se passa nada em Lugano! Parecia Seia numa noite de Inverno!

Ao menos Ticino tem a vantagem de ser mais barato que o resto da Suíça e de ter só restaurantes italianos. Um win win! E embora estivéssemos no país dele, era eu que percebia a língua e lá jantámos umas pizzas que sim senhor por um preço que não fez grande mossa.

A melhor coisa de se ficar num alojamento local em Ticino é receberes um passe de transporte para a região inteira. Os comboios e autocarros são gratuitos e nós usámos e abusámos deles!

Monte Brè

Visitar Lugano no Inverno tem o inconveniente de encontrares a cidade vazia e a maioria dos funiculares fechados, mas tem a parte maravilhosa de teres os poucos sítios que estão abertos só para ti. Foi o que nos aconteceu no Monte Brè. Apanhámos o autocarro da estação central que vai quase até ao topo (depois são mais 20 minutos a subir) e eventualmente chegas a um miradouro incrível sobre as montanhas, lagos e cidade. E não havia vivalma à vista! Um dia de inverno perfeito com uma paisagem lindíssima só para nós.

Bellinzona

Como tínhamos que aproveitar ao máximo o passe dos transportes, escolhemos Bellinzona como o nosso próximo destino. Esta cidade tem não um, não dois, mas três castelos medievais, todos património da UNESCO. Acabámos por fazer o caminho entre eles a pé porque era domingo em época baixa e, consequentemente, os autocarros pouco frequentes.


Locarno

Ainda tínhamos luz do dia e pernas que conseguiam andar e por isso apanhámos o comboio até Locarno, onde encontrámos todas as pessoas que faltavam nos sítios anteriores. Locarno tem uma vista fantástica com o lago emoldurado pelas montanhas e montes e esplanadas cheias.

Para além de poderes visitar o centro histórico com as suas igrejas, piazzas e castelos também podes apanhar um autocarro até Ascona que tem uma data de casas coloridas viradas para o lago e mais pessoas a apanhar sol em esplanadas.

Riva St. Vitale

No domingo fui visitar uma mini aldeia chamada Riva St. Vitale que nunca visitaria na vida não fosse os tios do Adi viverem lá. Como não são italianos o almoço foi MacDonalds (choque cultural!) e estivemos à conversa durante algumas horas numa grande mixórdia de línguas.

E porque é que deves ir a esta terriola no meio do nada? Porque é onde está o funicular que sobe até ao Monte Generoso. Claro que em Janeiro estava fechado, mas no Verão parece ter uma vista muito promissora!

E assim é Ticino, uma região soalheira e amigável, pouco Suíça e muito Italiana.

Dicas rápidas

Alojamento: Ficámos no IBIS Paradiso, que para um hotel na Suíça tem uns preços bastante decentes, tipo 60 € por noite. A taxa turística que tens que pagar em todos os alojamentos é o que te dá acesso ao cartão de transporte.

Transporte: No alojamento pede ao recepcionista um mapa dos transportes da região que podes usar com o teu cartão. Assim ficar a saber até onde podes ir e como.

Refeições: Os supermercados na Suíça são sempre a minha opção preferida, mas em Lugano e em Ticino em geral é possível ter um jantar para dois por cerca de 30 ou 35€ (sem álcool).

Alfacinha germinada e cultivada num cantinho à beira mar plantado, a Inês tem uma certa inquietação que não a deixa ficar muito tempo tempo no mesmo sítio. Fez Erasmus em Paris, trabalhou em Istambul e em Portugal, fez um mestrado em Creative Advertising em Milão e agora trabalha no Reino Unido. Viajar, criatividade, cozinhar, dançar e ler são algumas das suas paixões. A combinação de algumas delas deu origem a este blog, o Mudanças Constantes. Bem-vindos!

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