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Itália

Verona, de um amor impossível se faz uma cidade

“When I saw you I fell in love, and you smiled because you knew”

Eternizada como a cidade dos amores impossíveis, Verona é mundialmente conhecida por ser o palco da tragédia literária Romeu e Julieta de William Shakespear. E se há 500 anos atrás o drama se gerava por ódios familiares antigos, hoje em dia, muitos dos amores impossíveis são-no devido à distância.

Para mim Verona é um lugar especial porque foi o último que visitei com o Jimmy, um inglês que conheci em Manila e que acabou por se tornar meu namorado durante alguns meses. Mas como relações à distância não combinavam com nenhum de nós acabámos por nos separar, embora de uma forma muito menos trágica, depois desta viagem.

“Love is a smoke made with the fumes of sighs”

Não é difícil apaixonarmo-nos por Verona. É uma cidade que combina um passado histórico extremamente bem conservado com praças, ruas e casas dignas das mais famosas cidades italianas. É fácil de percorrer num só dia e este foi o nosso percurso:

Do Airbnb até ao centro tínhamos que passar pelo Castello Vecchio, do século XIV, cuja ponte em tons de terracota se destacava bem naquele dia de Outono cinzento. Entrámos no centro histórico pela impressionante Porta Borsari que é como uma pré-garantia de que coisas boas te esperam naquela cidade.

Seguimos pelas ruas tipicamente italianas até à Piazza delle Erbe, a mais famosa da cidade, e fomos em busca da Casa da Julieta antes que se tornasse num pandemónio. Este é potencialmente o sítio menos romântico de Verona uma vez que está sempre cheio, mas é um daqueles itens obrigatórios. A Julieta lá está, de peito reluzente, aguardando que amantes de todo o mundo lhe toquem para que o seu amor seja eterno.

Como tinha um fanático de história comigo, a próxima paragem foi a Arena de Verona, considerada como uma das mais bem conservadas do mundo. Construída no primeiro século, costumava receber cerca de 30 000 espectadores. Hoje, ainda se realizam lá espectáculos e óperas, mas para uma capacidade máxima de 15 000 pessoas. Podes ainda contemplar a movimentada Piazza Brà do topo.

Por esta altura, já caia bem um geladinho e a Gelateria Savoia está mesmo ali à mão!

E como não podia deixar de ser, se há uma torre há que subi-la, e foi assim que pusemos as pernas a trabalhar e chegámos ao cimo da Torre dei Lamberti e dos seus 84 metros. Também há elevador, mas há quem argumente que se não trabalharmos para a vista não a merecemos por isso fomos a pé!

Antes de almoço passámos pela Igreja Santa Anastacia mas como era paga ficamo-nos pela entrada e conseguimos ver o tecto que parece ser de longe a parte mais impressionante.  E agora sim, encontrámos a Hosteria Vecchia Fontanina, um restaurante muito familiar e acolhedor com opções que fogem à tradicional carbonara e bolonhesa. Para sobremesa comemos salame de chocolate que parece ser uma coisa que os ingleses nunca ouviram falar!

Para terminar o dia em beleza, já só faltava subirmos mais um bocadinho e irmos até ao Castel San Pietro que oferece uma vista espectacular sobre toda a cidade.

À noite Verona é assim:


E no dia seguinte tivemos que abalar cedo porque o Jimmy tinha um voo nesse dia. E com esta me despeço:

“Good night, good night! parting is such sweet sorrow, 
That I shall say good night till it be morrow.”

Resumindo e para guardares:

Alfacinha germinada e cultivada num cantinho à beira mar plantado, a Inês tem uma certa inquietação que não a deixa ficar muito tempo tempo no mesmo sítio. Fez Erasmus em Paris, trabalhou em Istambul e em Portugal, fez um mestrado em Creative Advertising em Milão e agora trabalha no Reino Unido. Viajar, criatividade, cozinhar, dançar e ler são algumas das suas paixões. A combinação de algumas delas deu origem a este blog, o Mudanças Constantes. Bem-vindos!

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