lake tekapo nova zelandia
Nova Zelândia

Lake Tekapo e a noite mais fria da minha vida

Saídas de Christchurch (eu e a Mariana), o Lago Tekapo foi a nossa primeira paragem. Connosco vinha um alemão chamado Tim que tinha respondido ao nosso post no grupo de Facebook: Backpackers New Zealand. Íamos viajar os três durante quase duas semanas.

Depois de três horas de viagem chegámos a um cenário bastante desolador com um nevoeiro serrado que quase não nos deixava ver o lago. Achámos que o melhor era comermos antes de começarmos a caminhada que nos ia levar a um miradouro sobre o lago. Juntam-se duas tugas e o almocinho é algo gourmet! Moqueca de tofu com arroz, aquecido no fogão a gás. O coitado do alemão até ficou parvo… Ele com a sua massinha fria e nós ali com um manjar dos deuses. Depois de enchermos a barriga estávamos prontos para iniciar a caminhada, Mount John Summit Track, que não se avizinhava muito promissora.

 Mas, e isto é uma lição de ouro, na Nova Zelândia nunca se sabe! E por isso, quando chegámos ao topo, estava um sol radiante à nossa espera. A vista era espectacular, a primeira de muitas na Nova Zelândia e deu umas fotos bem giras.
 

Para voltar, decidimos ir pelo caminho mais longo e junto ao lago. Como era a descer não custou muito. Uma nota sobre os caminhos na Nova Zelândia: às vezes o caminho parece inacessível porque existem vedações de arames, mas normalmente há um género de degraus para subir e passar para o outro lado. A primeira vez que os vi não percebi que eram degraus, mas depois habituei-me. Desde que haja um trilho traçado no chão, em princípio, estás no bom caminho. A caminhada demora 3.5 horas no total.

Chegados ao carro estava na altura de irmos para o parque de campismo antes que anoitecesse (pelas 17.30 ou 18 em Maio). Ficámos no Lake McGregor Overnight Campervan Park por 5 dólares cada e tinha “casas de banho” ou “sanitas com um vazio gigante por baixo” e água.

Mas nada me tinha preparado para o frio que ia estar!! Mal o sol se pôs ficaram uns 5 graus e a partir daí foi sempre a descer. Fizemos um jantar rápido e às oito já estávamos dentro do carro com tudo fechado e dentro dos sacos cama a tentar voltar a ter alguma sensibilidade nos pés!  Pusemos a conversa em dia durante algumas horas e depois dormimos. Felizmente os sacos cama eram feitos para temperaturas muito baixas e acabámos por não ter frio nenhum. De manhã, quando acordámos estavam -1 grau!!!

Por isso, campismo na Nova Zelândia é muito giro, mas com equipamento de Pólo Norte.

Alfacinha germinada e cultivada num cantinho à beira mar plantado, a Inês tem uma certa inquietação que não a deixa ficar muito tempo tempo no mesmo sítio. Fez Erasmus em Paris, trabalhou em Istambul e em Portugal, fez um mestrado em Creative Advertising em Milão e agora trabalha no Reino Unido. Viajar, criatividade, cozinhar, dançar e ler são algumas das suas paixões. A combinação de algumas delas deu origem a este blog, o Mudanças Constantes. Bem-vindos!

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