florença itália 2
City Breaks,  Itália

Florença e a despedida de Itália

Parece que a minha despedida de Itália está iminente. Depois de um ano a percorrer o país, Florença acabou por ser o destino da minha última viagem antes do derradeiro adeus.

Revisitar Florença já estava na minha lista há algum tempo e, como arranjei um host de couchsurfing lá, a viagem deu-se. Apesar de Julho estar longe de ser a altura perfeita para viajar em Itália o charme da Cidade da Arte nunca desaponta.

O comboio da Italo demora menos de duas horas a lá chegar (com partida de Milão) e antes das 10 da manhã estava em Florença SMN, pronta para começar a explorar.

Decidi começar pela Piazza del Duomo antes que se tornasse o pânico total. (Se decidires visitar o interior compra os bilhetes online porque a fila normalmente dá a volta ao Duomo!) Devo confessar que já não estava habituada às hordas de turistas e tentei escapar-me o mais rapidamente possível para um lugar mais calmo.

E foi assim que encontrei o Museo Bargello. Não fazia parte da minha lista de prioridades, mas quando vi as esculturas através das janelas e o quão vazio estava decidi que valia a pena tentar. Fiquei encantada! Desde Michelangelo a Donatello, o Museu Bargello acolhe a maior colecção de esculturas góticas e renascentistas de Itália.

Dali, é um saltinho até à Piazza della Signoria onde se encontram o Palazzo Vecchio, a réplica de David e a Fontana del Nettuno. O Palazzo tem algumas das salas mais bonitas que já vi e, para os fãs de Dan Brown, fazem uma visita guiada baseada no livro Inferno.

Segui até à Ponte Santa Trinta para a melhor vista sobre a Ponte Vecchia. No outro lado do rio, em Oltrarno, os turistas são substituídos por habitantes locais e os monumentos mais famosos por ruas labirínticas vazias. Com 32º graus em cima, só queria comer um gelado e a Gelateria della Passera é uma das melhores do país.


Ainda passei pelo Palazzo Pitti e Giardino di Boboli antes de voltar para o outro lado onde está a Galleria degli Uffizi. Entrar nestas galerias é quase tão complicado como ver a Última Ceia em Milão, mas vale a pena o esforço.

Como entrar nas Uffizi:

Primeiro, deves comprar os bilhetes no site oficial (com uma a duas semanas de antecedência). É quase obrigatório, porque tentar comprar um bilhete no dia é sinónimo de enfrentar filas de 3 a 5 horas.

No dia da visita tens que te dirigir à Porta 3 com o número da reserva e levantar o bilhete. Depois vais até à Porta 1 e pões-te na fila para entrar. Pensava que não haveria filas, mas em cerca de 20 minutos estás lá dentro. É o melhor que se pode arranjar

O edifício em si é lindíssimo com interiores e tectos trabalhados e delicadíssimos. Bem, e claro, algumas das obras mais importantes do mundo. Botticelli, Da Vinci, Caravaggio… são só alguns dos pequenos nomes que vais encontrar.

Para acabar o dia nada melhor que outro gelado, desta vez na Gelateria La Carraia, antes de começar a subir a pique até à Piazzale Michelangelo dona do miradouro com a melhor vista sobre a cidade. E porque subir ainda mais umas escadinhas nunca matou ninguém, lá fui até à Abbazia di San Miniato al Monte que te oferece toda a paz e tranquilidade merecidas depois de um árduo dia de passeio.

Entretanto estava na hora do meu comboio para Pistoia, onde morava o meu host. Comprámos uma pizza, comemos num jardim enquanto falávamos sobre tudo e mais alguma coisa e depois fomos ver o microcentro da cidade que também tem um Palio (como o de Siena, mas mais pequeno).

No dia seguinte convidou-me para ir à praia com ele e os colegas de trabalho, todos engenheiros, maravilha! Felizmente o meu italiano é decente e demo-nos muito bem. Conduzimos até à Cala di Leone em Livorno uma bela praia rodeada de natureza. Mas claro, como todas as praias italianas era minúscula com vizinhos a 20 cm de distância e cigarros, erva e música a toda a nossa volta. Valha-nos a água morna!! Tirando isso, foi um dia muito bem passado 😉

E com esta viagem me despeço de Itália, fica uma vontade muito grande de voltar para descobrir as ilhas!

Alfacinha germinada e cultivada num cantinho à beira mar plantado, a Inês tem uma certa inquietação que não a deixa ficar muito tempo tempo no mesmo sítio. Fez Erasmus em Paris, trabalhou em Istambul e em Portugal, fez um mestrado em Creative Advertising em Milão e agora trabalha no Reino Unido. Viajar, criatividade, cozinhar, dançar e ler são algumas das suas paixões. A combinação de algumas delas deu origem a este blog, o Mudanças Constantes. Bem-vindos!

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