milford sound nova zelandia
Nova Zelândia

Milford Sound: um presente directamente da última idade do gelo

Os fiordes da Ilha Sul são uma das paisagens mais icónicas da Nova Zelândia. São famosos pelas suas incontáveis cascatas, que brotam do topo das montanhas cravadas pelos glaciares, nos 182 dias de chuva por ano que caracterizam esta zona.

Para nossa surpresa, a nossa visita a Milford Sound não calhou num desses dias e fizemos o cruzeiro todo com um sol radiante. A melhor forma de explorar Milford Sound é, sem dúvida, de barco (a não ser que tenhas dinheiro para um helicóptero). Existem vários barcos a vários preços, e nós optámos pelo mais barato que conseguimos encontrar: 40 dólares pela Orange Cruises no site www.bookme.co.nz. Recomendo-os a 100%: tinham um staff impecável, muito simpático e serviam uma leve refeição a meio da viagem, que dura cerca de duas horas.

Mini caminhada matinal antes de apanhar o ferry 

Uma nota importante: escolhe o cruzeiro mais cedo que conseguires. No Inverno fazem dois por dia e no Verão quatro. Nós fizemos no inverno às 9 da manhã e o barco tinha pouco mais de 30 pessoas. O seguinte, que partia às 12 ou 13 ia ter 120… Isto deve-se aos horários dos autocarros, mas muito sinceramente acho que mais vale passar um noite em Milford Sound (que é um sítio lindíssimo) e conseguir fazer o cruzeiro em paz do que levar com 120 selfie sticks na cara.

Os fiordes em si são magníficos, claro, e a sua formação remonta a uns módicos 400 milhões de anos! Nessa altura estas montanhas não eram mais do que o fundo do mar. Mas como a nossa Terra não gosta de estar quieta, até hoje ainda não parou de se reinventar. Temos agora o privilégio de observar fiordes que foram o resultado de milhões de anos de actividade sísmica, glaciares, degelo e muitos outros fenómenos que vão para além do meu conhecimento. Se gostares de geologia deixo-te este link que explica muito bem e de uma forma muito engraçada.

Durante a viagem de barco o staff e o capitão vão explicando os vários fenómenos geológicos associados aos fiordes, onde estão as melhores oportunidades fotográficas e dão quase um banho aos passageiros quando põem o barco debaixo de cascatas. Na altura de migração das baleias também é possível vê-las no mar, bem como pinguins, golfinhos e focas!

Pouco mais tenho a dizer, fico-me por estas fotos de cortar a respiração.

Dicas rápidas:

Alojamento: Milford Sound Lodge é um parque de campismo com quartos camarata a 26 dólares por noite em época baixa. As condições são excelentes e é o alojamento mais perto dos fiordes. Wifi é não existente e rede móvel também não.

Transporte: A estrada de Te Anau a Milford Sound é conhecida pelo seu número elevado de acidentes. Eu acho que os acidentes se devem maioritariamente às pessoas se distraírem com a paisagem, mas em todo o caso conta com algum tempo para fazer a estrada. São 90 km que demoram cerca de duas horas e a última bomba de gasolina a preços razoáveis é em Te Anau. Se tiveres tanta sorte como nós, algures na estrada hás-de matar um possum!

Roupa: devo dizer que o cruzeiro é assim, vá, fresquinho! Por isso leva muitas camadas de roupa just in case. Eu fui em Maio.

Alfacinha germinada e cultivada num cantinho à beira mar plantado, a Inês tem uma certa inquietação que não a deixa ficar muito tempo tempo no mesmo sítio. Fez Erasmus em Paris, trabalhou em Istambul e em Portugal, fez um mestrado em Creative Advertising em Milão e agora trabalha no Reino Unido. Viajar, criatividade, cozinhar, dançar e ler são algumas das suas paixões. A combinação de algumas delas deu origem a este blog, o Mudanças Constantes. Bem-vindos!

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