byron bay cape
Austrália

Todas as ondas vão dar a Byron Bay

Byron Bay é tudo aquilo que imaginamos que a Austrália é: sol, praia, surfistas, gente jovem e gira, bronze, bares e tal e coisa. Só lhe falta mesmo ter australianos… Existe um grande hype à volta deste lugar, mas apesar de ter uma praia fixe – extremamente parecida às portuguesas – e uma vista bastante bonita a partir do farol, pouco mais há a fazer por ali. Dito isto, não digo que não deva ser um sítio de paragem, até porque conheci pessoal bem fixe no hostel, mas acho que dois dias chegam bem para explorar a zona até porque o alojamento é caríssimo e nada de especial.

Cape Byron
Diz-se que a melhor altura para observar a paisagem do topo do Cape Byron é ao amanhecer, pois o sol nasce no mar. Mas, quando estive na Austrália, o sol nascia pelas 6 da manhã e do meu hostel ao topo era uma hora de caminhada. Por isso, quando o meu despertador tocou às 5 da manhã, a resposta que lhe dei foi, simplesmente, “NÃO!”.

Assim sendo, fui à segunda melhor hora, o pôr do sol. A vista é magnífica, com o farol, a praia e o mar. Na subida até ao farol passa-se pelo “Most Eastern Point in Australia” o que para mim foi uma confirmação do quão longe de Portugal estava, uma vez que apenas um mês antes tinha estado no ponto mais Oeste da Europa, o Cabo da Roca. Acho que durante a migração das baleias também é um  bom sítio para as observar.

Praia
Aproveitei os meus dias em Byron Bay para fazer um bocadinho de praia, ler livros e dar uns mergulhos. A praia é bastante extensa, mas o pessoal gosta de se amontoar no início. Por isso aconselho um passeio matinal para um dos lados, pessoalmente gosto mais do lado do farol, de forma a conseguires um dia de praia mais descansado.
Vida nocturna 
Para além as praias e do surf, Byron Bay também é super conhecida pelos seus bares e discotecas. Para onde das pessoas vão às 10 da noite… Sim, as horas lá não são exactamente as mesmas que as nossas. O meu hostel, Aquarius, tinha um shuttle até a um dos bares, o Cheeky Monkey’s, onde ficámos durante algum tempo, mas depois fomos até ao Woody’s que é a discoteca mais famosa de Byron Bay.
São ambos bons sítios para conhecer pessoas, já que estão cheios de viajantes e as bebidas são a preços ok, para os standards australianos.
Woody’s
Kayaking no mar
Eu sou um bocado lontra, e também tinha pouco dinheiro, por isso não tive esta experiência. Mas Kayaking em Byron Bay dá-te a oportunidade de remar ao lado de golfinhos, tartarugas e baleias, na altura delas. Por isso, acho que é uma das actividades mais interessantes que Byron Bay tem para oferecer e as duas canadianas que estavam no meu quarto disseram que adoraram! Os preços rondam os 60 dólares.
Copyright: Australian Traveller
Nimbin
Esta é uma das day trips mais famosas a partir de Byron Bay. Nimbin é básicamente uma aldeia de hippies onde é legal (ou pelo menos ninguém quer saber) fumar canabis. E é isso que toda a gente vai lá fazer. Existem vários autocarros que fazem a ligação entre os dois locais uma vez que é bastante popular. Eu não fui, mas acho que tem uma vibe engraçada e diferente do resto da Austrália.
E é isto. Em geral acho que Byron Bay pode ser um sítio incrível de se visitar, especialmente se tiveres algum dinheiro no bolso para gastar. Os cafés, lojas e restaurante parecem todos fantásticos e há mil e uma aventuras para viver como skydiving, surf, kayak… Com um orçamento apertado, fica-se um bocadinho condicionado à praia e caminhadas. Mas não deixes de dar um saltinho pelo menos 🙂
Dicas rápidas:

Alojamento: Fiquei no Aquarius Hostel pela simples razão de ter jantar incluído. Apesar de não ser uma quantidade gigante é melhor que nada. Os hostels na Austrália são na sua generalidade terríveis. Cobram por tudo e por nada e não são nada de especial. Este pareceu-me razoável, mas não é dos melhores sítios para conhecer pessoas (na Austrália nenhum é, parece que nunca ouviram o conceito de zonas comuns). Ouvi dizer que o Arts Factory Lodge é um bocadinho mais interessante.

Transporte: Como toda a costa este, Byron Bay está bem servida de transportes. Eu viajei com a Premier Bus, como em toda a Austrália, mas a Greyhound e outras companhias também param por lá. Dentro da vila em si, dá para fazer tudo a pé, é bastante pequena.

Alfacinha germinada e cultivada num cantinho à beira mar plantado, a Inês tem uma certa inquietação que não a deixa ficar muito tempo tempo no mesmo sítio. Fez Erasmus em Paris, trabalhou em Istambul e em Portugal, fez um mestrado em Creative Advertising em Milão e agora trabalha no Reino Unido. Viajar, criatividade, cozinhar, dançar e ler são algumas das suas paixões. A combinação de algumas delas deu origem a este blog, o Mudanças Constantes. Bem-vindos!

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