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Irlanda

Galway: Cliffs of Moher e a pior noite da minha vida

Mundialmente conhecida pelas suas ruas coloridas e casas pitorescas, Galway é uma das cidades mais famosas da Irlanda e tinha que fazer parte do nosso itinerário. Mas, se já tínhamos curiosidade em visitar esta região que mostra uma Irlanda mais tradicional e rural, essa curiosidade ficou ainda mais aguçada a partir do momento em que percebemos que a música “Galway Girl” era quase a música oficial da Irlanda, pelo menos em 2015. Não havia pub, autocarro turístico ou rádio que não passe esta música. Em dois dias já cantarolávamos alegremente Galway Girl a toda a hora. Por isso, mas podíamos esperar por lá chegar.

Por ser um dos destinos mais procurados da Irlanda, foi também o sítio onde encontrámos os preços de hostels mais caros. Por isso, decidimos dormir num dormitório de 12 pessoas. Pior. Decisão. De. Sempre. Por já ter dormido em dormitórios deste género, achei que ia ser na boa. Há sempre alguém que faz algum barulho, mas como o pessoal costuma ser jovem ninguém tem o ressonar de um gorila. Normalmente. Mas calhou-nos ter três homens com mais de 40 anos no quarto. Nem consigo descrever o quão má a noite foi. Parecia uma orquestra sinfónica. Todos a ressonarem em conjunto qual coro alentejano. Aquilo devia-lhes dar direito a um prémio num concurso de talentos do TLC. Quanto a mim, devo ter dormido uma ou duas horas no total e nunca na vida pensei que pudessem surgir pela minha mente tamanha quantidade de pensamentos homicidas.

Mas agora a sério… pessoal, se sabem que ressonam que nem uns bois não fiquem em quartos partilhados! Um bocadinho de altruísmo, sim? É bom para o pessoal que lá está (porque não se torna num zombie) e até pode ser uma boa ideia para vocês também porque se há um maluco que passa dos pensamentos homicidas para os actos homicidas, pode ser um problema 😉 Fica a dica… de nada!

Assim que descemos à recepção fomos implorar para nos mudarem para um quarto só de raparigas. Melhor. Decisão. De. Sempre. Noite santa!

Mas passando à parte que nos trouxe a Galway: a visita aos Cliffs of Moher. Estes rochedos são umas das paisagens mais imponentes da Irlanda. Estendem-se por 8 Km a uma altura de 200 metros e mostram aquilo que a Irlanda tem de melhor: a força e autenticidade da natureza. Os Cliffs de Moher são ao mesmo tempo intimidantes e deslumbrantes. A força do vento, a força do mar e a dimensão das falésias fazem de nós umas pequenas formigas que por ali andam. Os rochedos merecem um dia inteiro de visita, porque existem trilhos de vários quilómetros para percorrer.

Para além dos Cliffs of Moher tivemos também a oportunidade de visitar a Abadia de Corcomroe do século 13, hoje em ruínas. Apesar da falta da liberdade, as tours são sempre uma forma de conhecer sítios que não estamos à espera e que provavelmente nunca visitaríamos de outra forma.

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Chegando a Galway, fomos à segunda volta pelo centro (que se vê em cerca de 30 minutos) e mais uma vez estávamos prontas para o melhor restaurante de Galway. Entenda-se melhor, por pratos quentes a 7 euros e água grátis.

Nessa noite ainda tivemos tempo de travar uma rápida amizade com uma Suíça do nosso hostel e de revisitar o pub da noite anterior com música ao vivo e onde conhecemos um brasileiro que estava a acampar por toda a Irlanda e que estava traumatizado com o frio porque só tinha um casaquito para usar!

Alfacinha germinada e cultivada num cantinho à beira mar plantado, a Inês tem uma certa inquietação que não a deixa ficar muito tempo tempo no mesmo sítio. Fez Erasmus em Paris, trabalhou em Istambul e em Portugal, fez um mestrado em Creative Advertising em Milão e agora trabalha no Reino Unido. Viajar, criatividade, cozinhar, dançar e ler são algumas das suas paixões. A combinação de algumas delas deu origem a este blog, o Mudanças Constantes. Bem-vindos!

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